De tantos temperos agridoces, me deixam a palavra no ponto em conserva
Meu poema grita estar pronto. E reserva:
o suspiro, os vagalumes e as almas francas.
Piscam. Não sei onde andam quando no escuro
ou se voam velozes pra um breve futuro
Almas ou vagalumes: me encontram de passagem e zêlo.
Sou falha, e metáfora, sou apêlo.
Ah, asas e plumas dos pensamentos!
De ti já contive brasas, de ti encontrei meus ventos!
Talvez essa seja a emancipação da minha humanidade:
Pensar, e não menos que isso, mais pensar
e o coração passa leve na noite azul do luar
Uma morte sem dor mas claridade!