As mesmas ruas moram os cidadãos estáticos
e seus cigarros envoltos nos dedos enrugados
que pulam para longe quando estão no seu fim
e que crepitam vermelhas rotinas
com qualquer ínfimo sopro ocorrente.
A cada dia vejo novas plantas florescerem em novas cores
As pombas comem seus banquetes de sementes locais
As calçadas se quebram e as mesmas são reconstruídas
de maneira célebre diante de tudo.
Há tanto progresso nessas ruas!
As mesmas ruas!
Me pergunto onde estará o progresso da minha vida
que parece sempre a mesma.
Ora, sim, o meu progresso é este:
Eu sou o que está sempre passando!