segunda-feira, 30 de março de 2020

Suspiro

Tenho uma afinidade com lâmpadas amarelas e brancas
De tantos temperos agridoces, me deixam a palavra no ponto em conserva
Meu poema grita estar pronto. E reserva:
o suspiro, os vagalumes e as almas francas.

Piscam. Não sei onde andam quando no escuro
ou se voam velozes pra um breve futuro
Almas ou vagalumes: me encontram de passagem e zêlo.
Sou falha, e metáfora, sou apêlo.

Ah, asas e plumas dos pensamentos!
De ti já contive brasas, de ti encontrei meus ventos!
Talvez essa seja a emancipação da minha humanidade:

Pensar, e não menos que isso, mais pensar
e o coração passa leve na noite azul do luar
Uma morte sem dor mas claridade!






Um comentário:

  1. Uma morte sem dor... morremos e renascemos tantas vezes! Um abraço. Lindo blog.

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