Noite pura que a alma espera,
tênue, de partida e chegada,
Surdina antiga, clara e sincera
Instruída, firme e encantada.
Na varanda de espírito adornada,
Noite pura que a alma espera,
Adormece as flores e intocada
ri-se, suspira e regenera.
Contos distantes de lua e atmosfera
Fluem-me o pensamento e a estada.
Noite pura que a alma espera,
És quietude a este homem e esta estrada.
Faz-se mais humana e tão encarnada
Quanto meu corpo que a ti esmera
Existes só e não é preciso mais nada,
Noite pura que a alma espera!
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