domingo, 20 de outubro de 2019

Contemplação

E aqui estou eu.
Acho isso um tanto ajuizado ou prudente.
Em que medida se pode carregar o peso do estar? Estar presente.
Como quem não pensa nas saudades ou motivos.
e aqui estou. 
Mas algo sempre me diz: Vá!
Assim como uma não permissão de estar.
Nunca se pode estar por muito tempo. O tempo é este guarda-costas do futuro.
O futuro-mistério é um guarda-chuvas transparente.
Me cubro porque nunca se sabe quando chove "estares".
Estares diferentes ao mesmo tempo, que leva ao alagamento total.
Quando penso em que há pela frente, sei dessa chuva e da morte.
Mas depois da morte o mistério, novamente.
E então, já não posso me cobrir de mistério nem de tempo.
Apenas da lembrança que um dia, aqui estive.

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