sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Neste poema as palavras não existem

Neste poema as palavras não existem. Elas são como um mapa de areia.

Temporalmente acontecem no seu espaço limitado para situar e acomodar o viajante.

Seu enigma é existir.

São como uma escada que se desmancha. 

Ou como o sonho após acordar:

Se o tempo passa, seu sentido já não estará mais lá para te dizer onde ir...

Não se vê seu início, não se vê seu fim.

Tanto vale por poucos segundos e se vai.

Essência em trânsito que se aloja. Diamante de vento!

E a gente acorda do poema...

Com a sensação do descanso e a imagem 

passando como um trem

que já se foi e só se ouve o seu eco.





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