Neste poema as palavras não existem. Elas são como um mapa de areia.
Temporalmente acontecem no seu espaço limitado para situar e acomodar o viajante.
Seu enigma é existir.
São como uma escada que se desmancha.
Ou como o sonho após acordar:
Se o tempo passa, seu sentido já não estará mais lá para te dizer onde ir...
Não se vê seu início, não se vê seu fim.
Tanto vale por poucos segundos e se vai.
Essência em trânsito que se aloja. Diamante de vento!
E a gente acorda do poema...
Com a sensação do descanso e a imagem
passando como um trem
que já se foi e só se ouve o seu eco.
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